Júpiter é o quinto planeta do Sistema Solar e o maior em massa e volume. Sua importância vai além do tamanho: a influência gravitacional de Júpiter ajudou a moldar a arquitetura dos demais planetas e proteger a Terra de muitos objetos que viajavam pelo espaço
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. Sob alta pressão, o hidrogênio se torna metálico, formando uma camada condutora que gera um potente campo magnético. Acredita-se que exista um núcleo rochoso ou metálico, mas seus limites exatos ainda são debatidos pelos cientistas.
Image source: NASA
O Grande Mancha Vermelha é uma gigantesca tempestade anticiclônica que persiste há pelo menos três séculos na atmosfera joviana, apresentando ventos de mais de 400 km/h que circulam em torno de um vórtice com cerca de 16.000 km de diâmetro grande o suficiente para engolir a Terra e exibindo tons avermelhados resultantes de compostos químicos complexos, possivelmente formados pela ação de raios solares sobre moléculas de enxofre e fósforo na alta atmosfera de Júpiter.
Júpiter possui um sistema de anéis finos, composto por poeira de origem micrometeorítica, pouco visível sem instrumentos sensíveis. Até hoje, foram descobertas mais de 80 luas em torno do gigante gasoso. As quatro maiores: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, foram observadas pela primeira vez por Galileu Galilei em 1610.
O sistema de Júpiter conta com mais de 80 luas, que vão de pequenos blocos gelados a verdadeiros mundos. As quatro galileanas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto são as mais notáveis, com vulcões ativos, oceanos ocultos, campo magnético próprio e superfícies antigas repletas de crateras. Além delas, dezenas de satélites menores em órbitas elípticas ou retrógradas, formados por colisões ou capturas, enriquecem ainda mais a complexa dança ao redor do gigante gasoso.
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As missões que estudaram Júpiter começaram nos anos 1970 com os pioneiros Pioneer 10 e 11, que capturaram as primeiras imagens e medições do campo magnético e da radiação do planeta; em 1979, as sondas Voyager 1 e 2 realizaram o mapeamento detalhado das faixas atmosféricas, dos anéis e das luas; entre 1995 e 2003, a missão Galileo inseriu uma sonda atmosférica e ficou em órbita, revelando aspectos inéditos da química joviana e da magnetosfera; e, desde 2016, a Juno orbita o polo de Júpiter, sondando sua estrutura interna, a dinâmica dos ventos e os mecanismos que geram o poderoso campo magnético do gigante gasoso.
Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, é essencial para a formação e a estabilidade da nossa vizinhança cósmica. Com sua massa enorme, ele exerce um escudo gravitacional que desvia cometas e asteroides, reduzindo riscos para a Terra, e influenciou a distribuição de material primordial durante a infância do Sistema Solar, moldando a arquitetura dos planetas internos. Além disso, as características únicas de Júpiter — como seu poderoso campo magnético e complexa atmosfera — fornecem pistas valiosas sobre a origem dos gigantes gasosos e ajudam a entender a evolução de sistemas planetários em toda a galáxia.